domingo, 6 de abril de 2014

[RESENHA #83°] O rei do nada.

ZON 
O REI DO NADA
Andrei Simões e Lupe Vasconcelos


Não é muito comum que eu resuma o livro desta forma, mas o livro também não é nada comum.
Quando eu leio um livro, eu espero que a leitura dele seja rápida, que eu a faça em 2 dias estourando uma semana, não passando disso claro. Só que esse livro, em minha visão é algo que se deve fazer com calma e uma mente aberta, se você não a tiver, não será fácil a leitura deste livro. Pois, trata-se de temas de reflexão a existência da alma, do universo e de toda a sua criação, talvez como uma crítica, ou como um elogio, depende dos olhos quem lê.
 Não é comum como mesmo disse, resumir de certa forma, mas como é um livro complexo, vou trazer a sinopse para me ajudar, nesse comentário.
Como seria reinar sobre absolutamente nada? Em Zon – O rei do nada, os leitores entrarão em contato com uma narrativa profunda e intensa, na qual conhecerão um personagem que precisa invadir mentes e consciências para continuar vivendo. E ele só ficará totalmente satisfeito se, no fim, destruir as crenças daqueles que domina. Dessa forma, abre espaço para que ele mesmo seja o substituto e se torne a grande divindade do universo. Porém, quando descobre que outras forças também trabalham em sua mente, Zon se vê preso num paradoxo, e já não tem certeza de que conseguirá dominar a realidade com tanta rapidez. Ao mesmo tempo em que constrói novas crenças, destrói sua própria existência. Quem estaria por trás desse controle? Conseguirá Zon permanecer vivo e são? Zon – O rei do nada é uma aventura fantástica onde verdade e mentira, realidade e ficção se misturam, fazendo com que até o mais calmo leitor estremeça diante das profundas descobertas. 
 A existência de Zon é contada em vários mini-contos, e cada conto desse você extraí um aprendizado. Eu li esse livro, mas pretendo ler ele novamente. Não como uma leitura corrida, mas como uma leitura de cabeceira. Aquela que você pode ler calmamente um conto por dia sem se preocupar em terminar logo.
Disto isso, eu gostaria de resumir o conto que fantasticamente eu amei, e que deve ser contado, explicado em minha visão.

O conto que em milhares deles, me chamou atenção foi a do mendigo.
Relata a história de um homem, amargurado com sua vida, todo dia vinha um mendigo e ele lhe dava um pão e algo para tomar, até que chegou um dia que o mendigo, sujo e imundo ficou parado sem piscar ou se mover, olhando o tempo todo para o homem, o mesmo desesperado e agoniado com essa situação acaba se matando aos poucos, até que no fim, o homem desiste de lutar contra o mendigo e olha-o nos olhos. Nessa hora, que homem para para prestar atenção no  mendigo, uma vez na vida, ele ri, e pergunta ''poderia me dar uma cadeira para sentar, por favor'' e então o mesmo desfalece.

Eu creio que essa seja uma das criticas mais pesadas no livro, pelo menos das que eu compreendi- que não foram todas-  porque a mesma, implora que prestemos mais atenção aos nossos semelhantes, que ajude sem olhar a quem.

O livro é repleto de conceitos e pre-conceitos. Eu gostei bastante do livro, mas falta uma essência, algo que eu não sei explicar, talvez algo atrativo na forma de relatar, de chamar atenção, ou talvez na forma de escrita.  Mas sei que se algumas palavras fossem alteradas, seria de grande lição aos nossos pequenos, e talvez até aos maiores. Falta alguma essência que eu não sei explicar. Acho que é por falta dela no protagonista principal, que deixa esse complexo vazio dentro de mim.
Me senti meio vazia com o livro. Talvez sejam pelas lições, ou não...

A editora Empíreo, caprichou na edição sem medir custos nos desenhos e capa, a diagramação ficou excelente e é repleto de imagens para dar vida as histórias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário